Notas sobre Sushi

No primeiro dia de dezembro do ano de 2008 éramos 04 em casa, minha mãe, meu pai, minha irmã solteira na época, e eu… e apesar de meu pai estar desempregado estávamos bem.

Essa história começa quando estávamos na cozinha de casa, minha mãe e eu. De repente, vi surgir algo correndo debaixo da mesa de jantar… se tratava de um gato. Não, não um gato qualquer, eu falo do melhor gato que já viveu (e ainda vive). Polly – minha irmã – deu a ele o nome de Sushi. Um gatinho siamês brincalhão, encontrado na rua e trazido pelo meu pai, que ganhou o coração de todos. Um gato branco que foi escurecendo e engordando ao longo do tempo. Hoje é quase que completamente negro.

No primeiro dia ele dormiu comigo de tarde no sofá onde, talvez por ser novinho demais, acabou fazendo suas necessidades fisiológicas ali… Na hora não, mas com o tempo eu adorei, finalmente tinha algo para cuidar! Bom, dizem que os gatos escolhem alguém como dono, ele escolheu meu pai até o dia em que meu pai conseguiu um emprego de caminhoneiro e passou a maior parte dos dias fora de casa. Após isso, Sushi se dedicou a ser o companheiro da minha mãe… e essa amizade perdura até hoje.

Tivemos muitos momentos juntos, momentos de alegria e momentos de tristeza. Quando ele tinha aproximadamente 1 ano meu pai o levou para adoção sem contar a ninguém, pois ele estava dando trabalho demais. Ao chegar em casa e contar para nós, minha mãe o convenceu de o trazer de volta. Acontece que ninguém tinha certeza se ele ainda estava lá, na feira de adoção, ou havia sido adotado. Foram os dois correndo até enxergá-lo de longe. As lágrimas escorreram nos olhos dos meus pais, Sushi por sua vez os chorou miando*, e eles o readotaram. De lá pra cá ele foi castrado, fazendo com que se tornasse mais calmo (vamos dizer que, assim como Aslam, Sushi não é um felino domesticado – se você entendeu essa referência, estou orgulhoso de você)….

Há alguns meses eu percebi que ele não estava muito bem, havia completado 12 anos e estava cada vez mais magro e distante de nós. Insisti e ele foi levado ao veterinário, e após diversos e caros exames foi descoberto que ele estava com Hipertireoidismo e um problema nos rins devido a sua avançada idade. Uma observação: Sushi sempre bebeu muita água. É até engraçado o ouvir pedindo água. Marina, minha noiva, sempre compara seu miado com um latido… claramente isso é inveja por não ter um gato bonito como o Sushi.

Por conta disso, Sushi tem tomado remédio, forçadamente, todos os dias e será assim para sempre. Ainda não é o fim, apenas um contratempo, de uma história cheia de amor, arranhões e sachês. Um outro ponto é que há 3 anos o siamês ganhou um irmãozinho “falante”. O Fumaça, o gato que gosta de conversar e ganhar tapas na bunda. Mas falarei dele em uma outra oportunidade.

*Com a permissão do Roberto Carlos para essa adaptação felina de sua música.

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